Do momento

sábado, 4 de junho de 2011

Raios de sol gelados

Eu sinto saudades dos planos utópicos, de dar sem receber, de receber sem nem ao menos merecer.
Das cartas apaixonadas recheadas de exagero.Dos sonhos minimalistas, com casa de cerquinha branca. De se ter um referencial, de me apaixonar sem conseguir medir. Da convicção no amor.
Saudade de acreditar que em dois pode-se mudar o mundo. De travesseiros molhados por insegurança e medos da perda. De ser aquela mulherzinha clássica.
Saudades do fogo e do ciúmes. Da auto suficiência que existe quando se está apaixonado. Saudades de poder criar dialetos quando o "eu te amo"torna-se pouco e comum demais. De questionar se o meu muito, não está sendo pouco. Da fé em algumas instituições.
De crer pieamente que posso encarar guerras e forças por alguém que não seja eu.
Saudades de desconhecer o fato de que realmente sei andar sozinha, de depositar todas as certezas e sentidos da vida em outro. De não pensar primeiramente em mim.
Saudades de um dos lados que desapareceu.
Saudade de quando eu acreditava que tudo podia ser pra sempre
Saudades de alcançar as estrelas.
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By Fegava

2 comentários:

  1. Helô,

    Adorei esse post, principalmente essa parte; "Saudades de poder criar dialetos quando o "eu te amo"torna-se pouco e comum demais". Com meus amigos uso uma expressão diferente pra demonstrar meu amor, já que o eu te amo é tão banal!

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  2. também quero um amor clichê!

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